AVALIAÇÃO DOS EFEITOS ADVERSOS DA PÍLULA DO DIA SEGUINTE: UMA REVISÃO CRÍTICA SOBRE A SEGURANÇA E O USO CONSCIENTE

Autores

  • Andressa Moab da Silva Ferreira Centro Universitário Unibrás Rio Verde
  • Carolaine Silva do Nascimento Centro Universitário Unibrás Rio Verde
  • Ludmylla Borges Gonçalves Centro Universitário Unibrás Rio Verde

DOI:

https://doi.org/10.61164/rgh5sa57

Palavras-chave:

contracepção de emergência; levonorgestrel; efeitos adversos; uso consciente; educação em saúde.

Resumo

A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência amplamente utilizado por mulheres em idade reprodutiva, sendo considerada eficaz quando usada de forma pontual. No entanto, seu uso recorrente ainda suscita preocupações relacionadas à segurança, aos efeitos adversos e à ausência de orientação adequada. Este estudo teve como objetivo analisar criticamente a literatura científica sobre os impactos do uso da contracepção de emergência, com foco na segurança do levonorgestrel, nos efeitos fisiológicos mais comuns e nas práticas de uso entre adolescentes e jovens adultas. A metodologia consistiu em uma revisão narrativa da literatura em bases nacionais e internacionais, priorizando estudos publicados entre 2014 e 2024. Os resultados evidenciaram que os efeitos adversos mais frequentes incluem náuseas, cefaleias, alterações menstruais e desconfortos gastrointestinais, geralmente leves e autolimitados. Contudo, o uso repetitivo, associado ao desconhecimento sobre métodos contraceptivos de rotina, pode comprometer a saúde física e emocional das usuárias. Identificou-se ainda que mitos, desinformação e desigualdades sociais influenciam diretamente o padrão de uso, tornando a contracepção de emergência, em muitos casos, a primeira escolha em vez de alternativa excepcional. O papel do farmacêutico e dos profissionais de saúde mostrou-se essencial, uma vez que a maioria das aquisições ocorre em farmácias comunitárias, onde a orientação adequada pode prevenir o uso indiscriminado. Conclui-se que a pílula do dia seguinte deve ser utilizada de forma consciente, acompanhada de estratégias educativas e políticas públicas que reforcem a educação sexual e o acesso a métodos contraceptivos regulares.

Referências

ALMEIDA, F. B.; SOUSA, N. M. M.; BARROS, G. L.; FARIAS, P. A. M.; CABRAL, S. A. A. O. Avaliação do uso de anticoncepcionais de emergência entre estudantes universitários. Re-vista Brasileira de Educação e Saúde, v. 5, n. 3, p. 49-55, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Progra-máticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Anticoncepção de emergência: pergun-tas e respostas para profissionais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Progra-máticas Estratégicas. Protocolo para utilização do levonorgestrel. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

CARVALHO, A. C.; SANTOS, L. F. Contracepção de emergência e desigualdade social: um es-tudo sobre acesso e uso. Revista Saúde e Sociedade, v. 30, n. 2, p. 115–124, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-129020212002. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-129020212002. Acesso em: 15 jun. 2025.

CASTRO, L. A.; LIMA, P. F.; SOARES, M. R. Educação em saúde sexual e uso da contracep-ção de emergência. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 43, n. 3, p. 55–63, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1981-52712019v43n3rb20180096. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-52712019v43n3rb20180096. Acesso em: 18 jun. 2025.

DUARTE, G.; ANDRADE, R. P.; REIS, A. O. Contracepção de emergência: aspectos clínicos e epidemiológicos. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 39, n. 2, p. 59–65, 2017. DOI: https://doi.org/10.1055/s-0037-1601443.

FIGUEIREDO, T. M.; LOPES, M. C.; REZENDE, A. C. Uso da pílula do dia seguinte entre universitárias brasileiras: percepção e riscos. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 43, n. 1, p. 23–30, 2021. DOI: https://doi.org/10.1055/s-0040-1718452. Disponível em: https://doi.org/10.1055/s-0040-1718452. Acesso em: 20 jun. 2025.

FONSECA, R. M. G. S.; SILVA, A. C. Educação sexual e contracepção de emergência: desafios no campo da saúde pública. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, n. 2, p. 563–572, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232020252.00932018.

GABRIEL, R. R.; SOUZA, J. A.; LOPES, C. T. Contracepção de emergência: perfil de uso em adolescentes brasileiras. Revista Adolescência & Saúde, v. 17, n. 2, p. 45–53, 2020. Disponível em: http://www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=885. Acesso em: 22 jun. 2025.

GONÇALVES, L. R.; BORGES, V. A. Efeitos adversos da contracepção de emergência: revisão integrativa. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 87, n. 1, p. 145–152, 2019. DOI: https://doi.org/10.31011/reaid-2020-v87-n1-art235. Disponível em: https://doi.org/10.31011/reaid-2020-v87-n1-art235. Acesso em: 25 jun. 2025.

MARTINS, R. J.; CUNHA, A. F. Atuação do farmacêutico na orientação sobre contracepção de emergência. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, v. 43, n. 3, p. 201–208, 2022. Disponível em: https://rcfba.fcfar.unesp.br/index.php/ojs/article/view/2022. Acesso em: 27 jun. 2025.

MIRANDA, M. P.; TEIXEIRA, M. C.; RODRIGUES, D. S. A contracepção de emergência en-tre adolescentes: desafios e perspectivas. Revista Paulista de Pediatria, v. 37, n. 1, p. 110–118, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1984-0462/2019.37.1. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1984-0462/2019.37.1. Acesso em: 30 jun. 2025.

MONTEIRO, J. S.; PRAZERES, F. P. Contracepção de emergência: perfil e efeitos adversos em mulheres jovens. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 18, n. 2, p. 389–396, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-93042018000200014. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1806-93042018000200014. Acesso em: 02 jul. 2025.

MORENO, C. L. C. et al. Knowledge, attitudes and practices regarding emergency contraception among university students. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 65, n. 6, p. 848–854, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9282.65.6.848.

NASCIMENTO, D. L.; FERREIRA, R. M. Impactos psicológicos do uso da contracepção de emergência em adolescentes. Revista Psicologia em Pesquisa, v. 14, n. 1, p. 55–64, 2020. DOI: https://doi.org/10.34019/1982-1247.2020.v14.26539. Disponível em: https://doi.org/10.34019/1982-1247.2020.v14.26539. Acesso em: 08 jul. 2025.

OLIVEIRA, A. M.; CARNEIRO, J. S.; PEREIRA, F. L. Perfil de uso da contracepção de emer-gência em farmácias comunitárias. Revista Saúde em Debate, v. 46, n. 132, p. 285–295, 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-11042022.13204. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042022.13204. Acesso em: 15 jul. 2025.

PEREIRA, S. P.; BRANDÃO, E. R. Contracepção de emergência no contexto das farmácias: re-visão crítica de literatura. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 22, n. 1, p. 17-34, 2015.

RAMOS, G. F.; SOUZA, P. H. Educação sexual e saúde reprodutiva: reflexões sobre o uso da pí-lula do dia seguinte. Revista Interface: Comunicação, Saúde, Educação, v. 25, n. 2, p. 223–232, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/Interface.2021.0075. Disponível em: https://doi.org/10.1590/Interface.2021.0075. Acesso em: 22 jul. 2025.

RAMOS, L. D. A. S.; SANTOS PEREIRA, E.; LOPES, K. F. A. L.; ARAÚJO, A. C. A.; LO-PES, N. C. Uso de métodos anticoncepcionais por mulheres adolescentes de escola pública. Cogi-tare Enfermagem, v. 23, n. 3, 2018.

RIBEIRO, J. A.; SILVA, L. S.; BARROS, P. R. Uso de contraceptivos de emergência e seu im-pacto na saúde pública. Revista Brasileira de Saúde Sexual e Reprodutiva, v. 8, n. 2, p. 120-127, 2020.

SILVA, E. C.; VARGAS, L. M. Conhecimento e uso da contracepção de emergência em mulhe-res jovens. Revista de Saúde Pública, v. 54, n. 32, p. 1–8, 2020. DOI: https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054002232. Disponível em: https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054002232. Acesso em: 01 ago. 2025.

SOUZA, G. G.; LIMA, T. N. F. A.; NÓBREGA, M. M.; BARRETO, C. C. M. Conhecimento e uso de anticoncepcionais hormonais: o que é certo ou errado? Temas em Saúde, v. 16, n. 4, p. 198-211, 2016.

SOUZA, R. A. D.; BRANDÃO, E. R. Marcos normativos da anticoncepção de emergência e as dificuldades de sua institucionalização nos serviços públicos de saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 19, n. 4, p. 1067-1086, 2019.

TRUSSELL, J.; RAYMOND, E. Contraception and emergency methods: clinical evidence. Con-traception Journal, v. 100, n. 5, p. 361–367, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.contraception.2019.08.004. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.contraception.2019.08.004. Acesso em: 12 ago. 2025.

WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Emergency contraception. Geneva: WHO, 2018. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/emergency-contraception. Acesso em: 01 set. 2025.

Downloads

Publicado

2025-10-08

Como Citar

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS ADVERSOS DA PÍLULA DO DIA SEGUINTE: UMA REVISÃO CRÍTICA SOBRE A SEGURANÇA E O USO CONSCIENTE. (2025). Revista Saúde Dos Vales, 10(1), 1-9. https://doi.org/10.61164/rgh5sa57